família
dia desses enquanto via uns trechos da novela das seis (7 vidas), me peguei refletindo sobre o quão frágil é o conceito de família – no sentido de ser abrangente, falar sobre tantas coisas, tantas pessoas, tantas realidades. na ocasião, as duas personagens principais (que descobriram ser irmãos por meio de um mesmo doador, identificado por um número, 271) conheciam mais 2 irmãos e agora eles já se somavam em 5. que podem ser muitos, não se sabe. e todos estão num processo de descoberta, de descobrir a família – caso essa exista, pois pode não existir, ainda que geneticamente semelhantes. família é sentir.
sou a favor da família. das famílias. de pai e mãe. de pais, de mães. só de um pai e só de uma mãe. de vós, de tios e sobrinhos. de irmãos por metade que são inteiros. de agregados. das famílias de um membro só (o sozinho, por opção, que se adapta e se encaixa em tantas outras famílias e que também recebe tantas outras famílias), dos colegas, amigos, irmãos que resolveram morar juntos no período da faculdade e passam por rotina, perrengues e prazeres de uma família. dos jovens casais. dos velhos casais.
não me é concebível que alguém se julgue o guardião (ou acima de algo) para metrificar, defender e padronizar todas essa variedade de relações. toda essa complexidade. quando tiver – caso tenha – filhos, quero, acima de tudo, que saibam que seu modo de vida é só mais um nesse emaranhado que somos. que não somos perenes, mas sim mutáveis. que somos vários, muitos, de todos os tipos possíveis e diferentes. mas iguais.